Que possamos promover um reavivamento em nossas pastorais, a serviço de nossa Igreja 

Desde o antigo testamento podemos dizer que não há verdadeira celebração da Páscoa sem a memória do passado, sem a superação daquilo que nos oprime, sem espírito de família, e sem esperança para o futuro!

A Páscoa é a restauração plena da dignidade humana.

Jesus abandonou o sepulcro e apareceu vivo e glorioso dando a mais bela resposta divina àqueles que promovem a cultura de morte marcada pela violência, vaidade, idolatria, más políticas, ignorância, negligência, negação do ser humano.

Mas, a Páscoa não é só espetáculo da misericórdia divina diante da vulnerabilidade humana.

É compromisso e dever de todos aqueles que são beneficiários desta ternura divina.

Da Páscoa brota a sensibilidade da igreja, ela é amante da vida!

Desta convicção por toda a parte deveria haver a cada ano e em todos os contextos um forte reavivamento das pastorais que são instrumentos eclesiais promotores da vida e da dignidade humana quer seja aqui na matriz e em todas as demais comunidades que juntas formam a Paróquia São Luiz Gonzaga.

A celebração da páscoa não combina com a ausência da paixão pastoral, sem cuidado para com os mais pobres e sofredores.

Deus nos livre de uma “liturgia pascal” sem os pés no chão das nossas comunidades, pastorais, circunstâncias particulares.

A celebração da páscoa nos faz renovar nossos compromissos com a promoção da solidariedade e da paz.

Se não renovamos tais compromissos não evidenciamos os efeitos da Páscoa em nós. 

Deus nos liberta verdadeiramente para sermos livres Nele, e a manifestação da liberdade é o exercício de bondade, solidariedade, partilha e do respeito para com os outros.

De nada adianta alguém gritar: “VIVA JESUS CRISTO RESSUSCITADO, ALELUIA”, se na prática continua num Egito de opressões, amargura, frieza afetiva, e falsidade.

A pedra foi rolada do túmulo de Jesus, Ele ressuscitou!

Cada um de nós pela fé no ressuscitado, é chamado a refletir nas pedras que fecham a porta do próprio coração.

Para a comunidade cristã primitiva a celebração da festa da Páscoa de Jesus era a fonte de vida nova.

E para nós, o que significa ?

A verdade é que não há páscoa sem sacrifício; sem cruz; não há Páscoa sem morte, sem doação de si; não há Páscoa sem esperança, sem comunidade, sem Jesus ressuscitado. 

Marcia Regina Fidelis,
coordenadora paroquial do CPP/CPC